Chefe de Assassin’s Creed afirma que saiu da Ubisoft involuntariamente
Na última terça-feira (14), a Ubisoft fez um anúncio que pegou muita gente de surpresa: Marc-Alexis Coté, que esteve à frente da série Assassin’s Creed nos últimos três anos, decidiu deixar a empresa. Mas a história não é bem essa, e Coté mesmo se manifestou para esclarecer a situação. Ele revelou que, na verdade, não foi uma escolha dele, mas sim uma decisão forçada.
Coté contou que, embora tenha recebido uma proposta para um cargo na nova Vantage Studios — a divisão que agora cuida de Assassin’s Creed, Rainbow Six e Far Cry — a posição oferecida não se comparava à responsabilidade que ele tinha até então. De acordo com suas palavras, ao invés de ser promovido ou mantido em um papel de destaque, ele percebeu que estava sendo rebaixado, mesmo após ter contribuído para a recuperação das vendas de um dos jogos mais importantes da Ubisoft.
Em uma mensagem publicada no LinkedIn, Coté expressou sua paixão pela franquia Assassin’s Creed e a surpresa que sentiu com a mudança. “A verdade é simples: eu não fiz essa escolha”, deixou claro. Para ele, a decisão da Ubisoft em transferir a série para outra liderança foi uma estratégia para alinhar a franquia com as novas diretrizes da empresa.
A nova Vantage Studios, que recebeu investimentos da Tencent, é liderada por Christophe Derennes e Charlie Guillemot, filho do CEO da Ubisoft, Yves Guillemot. Vale lembrar que Charlie começou sua trajetória na empresa em 2014 e, antes de retornar, passou um tempo na Unagi, uma desenvolvedora focada em NFTs e jogos para a Web3.
Apesar de ter saído da empresa, Coté afirma que não guarda ressentimentos e expressa gratidão pelas oportunidades que teve ao longo de sua carreira na Ubisoft. Ele fez questão de deixar claro que sua saída não foi uma decisão voluntária sua. “Eu fiquei no meu posto até que a Ubisoft me pediu para ir embora”, reforçou em seu comunicado.
Essa situação mostra como as mudanças internas nas empresas de jogos podem afetar diretamente os profissionais e as franquias que eles amam. É um lembrete de que, por trás dos jogos que jogamos e amamos, existem pessoas que dedicam suas vidas para trazer essas histórias e experiências até nós.
