Funcionários da EA estão insatisfeitos com assistentes de IA
A inteligência artificial generativa, apesar das polêmicas e das questões éticas em torno de seus dados de treinamento, está ganhando espaço no desenvolvimento de jogos. Muitas empresas grandes do setor começaram a explorar essa tecnologia para criar e aprimorar seus produtos. A Electronic Arts, por exemplo, não esconde que está investindo pesado em IA. No ano passado, a empresa já falava abertamente sobre seus planos e, recentemente, firmou uma parceria com a Stability AI para “co-desenvolver modelos, ferramentas e fluxos de trabalho transformadores que ajudem os artistas, designers e desenvolvedores da EA a repensar a forma como os jogos são feitos”.
No entanto, nem tudo que a IA toca se torna um sucesso. Recentemente, o site Business Insider trouxe à tona que o chatbot interno da EA, conhecido como ReefGPT, está tornando a vida dos desenvolvedores humanos mais complicada. Fontes relataram que, em vez de ajudar, o ReefGPT tem gerado códigos com falhas, que depois precisam ser corrigidos manualmente. Para piorar, há quem diga que as ferramentas de IA da EA estão propensas a “alucinações” — um problema comum entre agentes de IA — o que significa que mais correções manuais são necessárias. Isso acaba atrasando o trabalho e anulando qualquer economia de tempo que a IA poderia ter proporcionado.
Além disso, os funcionários da EA estão preocupados com a possibilidade de que esses novos recursos de IA os substituam no futuro, o que, como você pode imaginar, não ajuda muito a manter o moral da equipe elevado. A situação ficou ainda mais tensa após o anúncio de que a EA foi adquirida por um consórcio que inclui o Fundo de Investimento Público da Arábia Saudita, a Silver Lake e a Affinity Partners, por impressionantes 55 bilhões de dólares. Diante disso, não é surpresa que os colaboradores da EA estejam se sentindo um tanto inseguros.
Por outro lado, uma das empresas que tem resistido ao uso da IA generativa em seus processos é a Nintendo, pelo menos essa foi a posição oficial divulgada no ano passado. Enquanto outras empresas se lançam de cabeça nessa nova onda tecnológica, a Nintendo parece estar optando por um caminho diferente, focando em suas tradições e na experiência humana na criação de jogos.
