Estúdios como Square Enix e Bandai Namco ameaçam OpenAI
Nos últimos tempos, a OpenAI tem enfrentado uma nova polêmica. A empresa, conhecida por desenvolver sistemas de inteligência artificial, está sob a mira de um possível processo promovido por grandes nomes da indústria de games como Square Enix e Bandai Namco. O motivo? O uso de propriedades intelectuais dessas empresas nos vídeos gerados pelo sistema Sora 2.
Essas companhias, representadas pela Associação de Distribuição de Conteúdo no Exterior (CODA), pedem que a OpenAI interrompa a utilização de seus conteúdos. Além da Square Enix e da Bandai Namco, a CODA também conta com a Kadokawa, que é dona da From Software, e a Cygames, entre outras. Elas afirmam que, se os vídeos que infringem seus direitos autorais não forem removidos, vão acionar a justiça.
Esse aviso não é exatamente uma surpresa, considerando a quantidade de vídeos que começaram a aparecer na plataforma logo após o lançamento do Sora 2. Muitos deles traziam reproduções bastante fiéis de séries adoradas, como Pokémon, e de diversas propriedades da Nintendo. É curioso notar que, apesar de algumas das maiores empresas do Japão estarem juntas nesse movimento, a Nintendo não faz parte da CODA.
A CODA destaca que a presença de personagens populares nos vídeos gerados por Sora 2 acontece porque o sistema aprendeu a partir de conteúdos protegidos por direitos autorais. Em um comunicado, o grupo explicou que o processo de replicação durante o aprendizado de máquina pode infringir essas leis. Segundo a organização, a forma como a OpenAI opera pode ser considerada uma violação dos direitos autorais, de acordo com a legislação japonesa.
Quando os vídeos de Pokémon começaram a ganhar destaque na plataforma, Sam Altman, CEO da OpenAI, expressou surpresa com a situação — algo que, pelo visto, não era esperado por ele. Ele prometeu que a empresa daria mais controle às marcas e empresas sobre como suas propriedades são usadas, além de implementar controles que não estão disponíveis para usuários em geral.
A situação levanta questões importantes sobre o uso de conteúdos protegidos por inteligência artificial e como esse tema ainda está em discussão no cenário atual.
