Farming Simulator: análise da edição Signature para Switch 2
Estou jogando Farming Simulator: Signature Edition no Nintendo Switch 2 e, confesso, a experiência tem sido um misto de diversão e desafios. No começo, fiquei perdido sobre como alimentar meus porquinhos. O ração estava pronta na loja, mas eu não fazia ideia de onde encontrá-la. Depois que descobri o local, precisei aprender como pegar os pallets de comida e levá-los de volta para meus animais famintos. E quando finalmente comprei um carregador frontal e a ferramenta certa, surgiu a próxima dúvida: como colocar a comida na comedouro?
Como alguém que não tem muita experiência com simuladores — joguei apenas Train e Euro Truck Simulator por curtos períodos —, me senti um pouco sobrecarregado. A história de Farming Simulator é bem simples: seu avô está ficando idoso e decide passar a fazenda para você. Agora, cabe a você cuidar da terra, plantar, colher e explorar a comunidade ao redor.
Diferente de jogos como Stardew Valley, que têm um tom mais leve e fofinho, Farming Simulator traz uma representação bem realista da vida no campo. É impressionante como os detalhes das máquinas, como as colheitadeiras, são meticulosamente projetados. Após uma breve introdução do meu avô, fui solto para gerenciar a fazenda do jeito que eu quisesse. Logo, me interessei pela criação de animais, mas a complexidade foi maior do que eu esperava.
Uma das coisas legais desse jogo é que não existe um jeito certo de jogar. Você pode começar do zero ou optar por já ter uma fazenda estabelecida. O mapa oferece uma variedade surpreendente de terrenos e comunidades, e o objetivo principal é se envolver com o comércio para lucrar. Embora as estações e o relevo mudem entre os mapas, a essência do jogo permanece a mesma, com interações semelhantes com os NPCs e o estoque das lojas.
Como um novato, decidi iniciar uma fazenda do zero. O tutorial me deu apenas uma ideia básica das várias mecânicas em jogo, e eu precisei pesquisar sobre quase tudo relacionado à vida na fazenda. Se você já é veterano, pode achar o início menos complicado, mas ainda assim, seria bom que mais informações estivessem disponíveis logo de cara.
Felizmente, o jogo oferece uma variedade de opções que facilitam a vida do jogador. Quase todas as tarefas podem ser realizadas por um ajudante de fazenda, que cuida das plantações, entrega colheitas e faz todo o trabalho repetitivo que você pode ignorar depois de ganhar experiência. Assim, você pode tornar a experiência mais simples ou mais complexa, dependendo do seu estilo de jogo.
A cada dia, você precisa ficar de olho no calendário para plantar as colheitas na hora certa, gerenciar a produção dos animais e expandir seu império agrícola. E não podemos esquecer dos equipamentos, que têm funções específicas e precisam ser manuseados de maneiras diferentes. No final, você acaba coletando uma variedade de tratores e acessórios para sua fazenda.
Farming Simulator é o tipo de jogo perfeito para o Switch. A sensação de querer jogar “só mais uma hora” se encaixa bem em longas viagens ou em momentos de descontração no sofá. É uma pena que a otimização para o Switch 2 tenha algumas falhas. A qualidade da imagem é boa, mas a performance é bem instável. O jogo não consegue manter uma taxa de 30fps de forma consistente, especialmente em áreas como a fazenda central, onde o desempenho cai bastante. Além disso, enfrentei alguns problemas gráficos e bugs, como clipping no terreno e perda de controle dos veículos.
A parte sonora é bem feita, especialmente os sons das máquinas, que são bem distintos. Se você não aguenta mais o barulho do motor do trator, pode ouvir algumas músicas originais na rádio do jogo. Ouvir um chip tune enquanto corta árvores mortas é uma experiência interessante.
O apelo de Farming Simulator é claro, mesmo para quem está começando agora. Porém, as falhas técnicas podem ser um obstáculo para quem deseja se dedicar horas a fio ao jogo, especialmente se a desenvolvedora não conseguir corrigir esses problemas.
