Análise de Once Upon a Katamari para Switch
O universo dos jogos é repleto de experiências únicas, e a série Katamari é um ótimo exemplo disso. Em “Once Upon a Katamari”, você se vê em uma missão curiosa: rolar tudo o que encontra pela frente em uma bola gigante, uma tarefa que, à primeira vista, parece maluca, mas que acaba se tornando uma atividade quase meditativa. Cada objeto que você coleta aumenta o tamanho da sua katamari, permitindo que você colete coisas cada vez maiores, desde alfinetes e formigas até prédios e até nuvens. É uma mistura de surrealismo com uma estética psicodélica que cativa e diverte.
Lançado após 14 anos sem um jogo principal da série, “Once Upon a Katamari” traz de volta aquela essência que fez “Katamari Damacy” e sua sequência no PlayStation 2 tão queridos pela crítica e pelos jogadores. O jogo mantém a fórmula clássica de rolar, mas com controles mais refinados e uma ênfase em replayability. Com muitos estágios, colecionáveis e objetivos, a diversão é garantida.
Os jogadores têm a opção de escolher entre dois modos de controle: o tradicional com dois analógicos, que pode parecer um desafio no começo, mas se torna bastante preciso com um pouco de prática, ou um novo modo Simples, que simplifica o movimento para um único controle. Além disso, o jogo traz algumas melhorias na câmera, como uma visão de raio-X que ajuda quando você está cercado por obstáculos, e atalhos para acelerar ou reposicionar sua katamari.
Entre as novidades, estão os power-ups chamados Freebies. Eles oferecem pequenas vantagens sem desbalancear o jogo: use um ímã para atrair objetos próximos, um cronômetro para congelar o tempo, sonar para encontrar itens escondidos ou foguetes para uma impulsão rápida. O jogo leva você a diferentes períodos históricos, como o Japão do período Edo, a Grécia Antiga, o Velho Oeste e o Egito Antigo, todos com um cenário recheado de coisas para rolar.
Cada fase dura entre dois a dez minutos e apresenta objetivos variados, como alcançar um determinado tamanho antes do tempo acabar ou coletar um tipo específico de item. E não se esqueça dos colecionáveis! Há dezenas de primos que podem ser desbloqueados como personagens jogáveis, além de presentes escondidos e coroas brilhantes. Com cerca de 50 estágios, a aventura principal leva entre 8 a 10 horas para ser concluída, mas os completistas vão se divertir por muito mais tempo.
Entre os níveis, você encontrará pequenas cutscenes cheias do humor característico da série, que trazem uma boa dose de comédia slapstick. Contudo, o rei cósmico do Katamari pode ser um pouco falante demais, com diálogos que surgem em momentos de ação e podem acabar distraindo. Também há momentos em que sua katamari cresce tanto que fica presa em espaços apertados, exigindo um pouco de manobra para se libertar. Apesar dessas peculiaridades, elas fazem parte do charme do jogo e não comprometem a diversão.
“Once Upon a Katamari” também inclui um modo multiplayer online chamado Katamari Ball. Nele, até quatro jogadores competem para ver quem consegue rolar mais itens em uma arena compartilhada. A mecânica incentiva estratégias, já que quanto maior você fica, mais lento se torna. O sistema de pontuação ao final das rodadas é semelhante ao de Mario Party, trazendo um toque divertido ao jogo.
A experiência online foi testada logo após o lançamento e, felizmente, a conexão foi rápida e estável, sem quedas ou lag. O desempenho é suave, tanto no modelo base do Switch quanto no Switch 2, com tempos de carregamento rápidos. A estética de baixo polígono é vibrante e funciona bem até mesmo no modo portátil, especialmente no Switch OLED, que realça as cores saturadas do jogo.
Essa nova adição ao mundo de Katamari promete trazer sorrisos e momentos de pura diversão, seja jogando sozinho ou com amigos.
