Análise de Silver Bullet para Nintendo Switch eShop
Silver Bullet é um jogo que mistura um visual sombrio e cartunesco com aquele clima de Halloween que a gente adora. A premissa é divertida: você controla um Van Helsing em miniatura que precisa resgatar cachorrinhos das forças das trevas. Mas por trás dessa ideia leve, o jogo tem um lado afiado, quase como uma maçã recheada com lâminas.
Ele combina gêneros de uma forma única. A mecânica de tiro lembra jogos clássicos como Cabal ou Wild Guns, mas em vez de trajetórias 3D complicadas, tudo acontece em um plano 2D bem mais direto. Você move o cursor pela tela para eliminar criaturas sombrias e precisa desviar de balas, enquanto enfrenta chefes gigantes — que vão de esqueletos em chamas a dinossauros zumbis — todos oferecendo um desafio de tiro intenso e criativo.
O personagem principal, Helsing, tem um ataque especial que se recarrega frequentemente. Ele pode ser mirado e disparado em linha reta, eliminando inimigos com ícones de pontos à medida que avança. Além disso, você conta com um botão de parry que permite desviar de ataques de forma mais habilidosa. A manobra de dashing também serve para eliminar inimigos e destruir obstáculos, algo essencial em telas congestionadas. O objetivo do jogo é simples: sobreviver e fazer seus tiros especiais contarem.
Cada fase é projetada para te ajudar a subir nas classificações. Há truques em cada etapa que aumentam a sua pontuação, como um medidor de precisão que sobe quando você acerta um alvo e despenca quando você dispara no vazio. Mas cuidado: morrer reduz drasticamente sua pontuação. Você pode coletar moedas em cada fase para gastar em uma loja, onde pode dobrar o uso do seu ataque especial e melhorar a precisão, entre outros benefícios.
Silver Bullet tem seis fases e seis jogos bônus extremamente criativos e desafiadores, com inspirações em títulos como Point Blank da Namco e Pang da Capcom. Além disso, há um modo de ataque de pontuação desafiador e um híbrido de tiro e Tetris chamado Terror Blocks, que traz um sistema de pontuação único. Se você não se importa com pontuação, continua são ilimitados para te ajudar a passar pelas etapas. No entanto, o jogo brilha mesmo quando você tenta completá-lo com uma única ficha, e foi feito para isso. Vidas extras aparecem em pontos específicos, e coletar moedas para esvaziar a loja rapidamente é uma estratégia inteligente.
Apesar de ser um jogo curto, com apenas 35 minutos de duração, a sensação de vitória ao superar os desafios é incrível. O que pode frustrar um pouco é a dificuldade em identificar quais objetos podem ser atravessados e a precisão ao se mover. A maior questão, no entanto, está nos controles. Silver Bullet foi projetado para um esquema de controles duplos, onde um joystick controla o movimento de Helsing e o outro posiciona o cursor. Isso faz com que o uso de botões fique restrito aos ombros e gatilhos, o que pode ser um pouco desconfortável. Trocar para controles tradicionais é mais fácil, mas você perde a capacidade de mover o cursor livremente a menos que esteja disparando ao mesmo tempo. Isso pode prejudicar sua precisão e, consequentemente, sua pontuação.
Não é um problema gigantesco, e os jogadores casuais certamente vão se divertir com as fases bem elaboradas. Mas quem busca jogar da maneira mais eficiente vai enfrentar uma escolha difícil: dominar os controles duplos ou aceitar uma pontuação menor em troca de uma experiência mais intuitiva. É uma decisão complicada, mas, de qualquer forma, Silver Bullet é um joguinho encantador de Halloween que vai deixar os fãs de arcade animados.
