Análise de Yakuza Kiwami para Switch 2
Parece que foi ontem que Yakuza Kiwami chegou ao Nintendo Switch, e agora já estamos falando da versão melhorada para o Switch 2. Essa nova versão mantém a essência do jogo original, mas a Sega e o Ryu Ga Gotoku Studio aproveitaram as especificações do novo console para entregar uma experiência muito mais fluida e visualmente impressionante.
Uma das melhorias mais notáveis é a taxa de quadros, que agora se mantém em 60fps, proporcionando uma jogabilidade bem suave. Isso torna a exploração de Kamurocho ainda mais divertida, e até as batalhas mais intensas contra os capangas da Yakuza fluem sem problemas. A resolução também foi aprimorada, tanto no modo docked quanto no handheld, tornando a experiência visual bem mais rica, semelhante ao título de lançamento Yakuza 0: Director’s Cut. O jogo realmente está lindo.
E sim, a história é a mesma, o que, na minha opinião, é uma grande vantagem. Não há nada igual a Yakuza, a não ser, claro, outros jogos da série. A narrativa é envolvente, cheia de traições, políticos corruptos e amigos leais que enfrentam a escuridão. As vozes em japonês são excepcionais (não tem dublagem em inglês aqui), o que ajuda a manter o jogador totalmente imerso na trama. O jogo é recheado de momentos absurdos que, em outros contextos, poderiam prejudicar a narrativa, mas aqui tudo se encaixa de forma brilhante. Você pode jogar boliche, sinuca, dardos e até cantar karaoke. Essa mistura entre uma história séria e missões paralelas hilárias é simplesmente incrível — é isso que faz de Yakuza um jogo único.
O combate é focado em luta corpo a corpo, e a combinação de vários estilos de luta, junto com a possibilidade de comprar uma variedade de upgrades, mantém a jogabilidade sempre afiada. Alternar entre os estilos Rush, Brawler, Beast e Dragon traz uma diversidade muito bacana, e se você não quiser usar as mãos, sempre pode pegar uma bicicleta e usá-la como arma. Uma diversão à parte!
Claro, algumas partes podem ser um pouco cansativas. As lutas contra chefes, por exemplo, podem se arrastar um pouco, e o ritmo geral não é tão satisfatório quanto o de Yakuza 0. Afinal, Kiwami é um remake de 2016 de um jogo de 2005, e os desenvolvedores têm feito um bom trabalho para polir a série nos últimos anos, eliminando mecânicas que não funcionam tão bem. Para quem está começando agora, eu ainda recomendaria iniciar com Yakuza 0, mas Kiwami é uma ótima porta de entrada também. Ele não parece tão inchado quanto alguns jogos mais recentes, mas ainda exibe um estilo inconfundível.
Jogar Kiwami de forma portátil no Switch 2 é uma alegria, e torço para que a Sega traga toda a série para o console. O Switch 2 parece ter encontrado um lar perfeito para esses jogos.
