Análise do remake HD-2D de Dragon Quest I e II para Switch 2
Depois de anunciar o remake HD-2D de Dragon Quest III, a Square Enix demorou um bom tempo para trazer novidades sobre o projeto. Isso gerou algumas dúvidas entre os fãs, que se perguntavam se o jogo tinha sido cancelado ou se enfrentava problemas de desenvolvimento. Quando a empresa finalmente voltou a falar sobre o assunto e apresentou uma data de lançamento, ficou claro que o atraso estava relacionado a outros remakes secretos dos dois primeiros jogos da série Dragon Quest, que foram revelados logo depois.
Agora, a espera pelo remake de Dragon Quest I e II chegou ao fim, e posso dizer que esses jogos são tão encantadores, envolventes e viciantes quanto você esperava. A Square Enix fez um trabalho incrível em modernizar esses clássicos para uma nova geração de jogadores. Para quem joga no Nintendo Switch 2, a experiência é ainda mais imersiva.
### A História de Dragon Quest I e II
Em termos de narrativa, esses dois jogos são na verdade sequências do terceiro título, continuando a história dos heróis descendentes de Erdrick. Dragon Quest I se passa algumas gerações após as aventuras de Erdrick, acompanhando um herói solitário que precisa recuperar seu poder, derrotar o Dragão Senhor e salvar a Princesa Gwaelin que está em cativeiro. Já Dragon Quest II se desenrola várias gerações depois, seguindo um grupo de príncipes e princesas que se unem para lutar contra Hargon, um mago maligno que representa uma nova ameaça.
Embora as tramas sejam relativamente simples, ambos os jogos agora contam com cenas e personagens extras que ajudam a enriquecer a narrativa. Por exemplo, no original, você encontrava uma tábua que revelava sua linhagem como descendente de Erdrick em uma caverna, mas no remake, essa cena foi transformada em uma competição amigável com outros aventureiros que também estão atrás de um tesouro lendário.
### Melhorias e Atualizações
Essas adições não só melhoram o que já existia, mas também tornam esses RPGs, que já eram um pouco datados, em algo que parece mais moderno. Dragon Quest II, em particular, recebeu um upgrade significativo, com novos locais, personagens nomeados e enredos que se assemelham mais ao que se espera de um RPG da era 16 bits ou posterior.
Falando em jogabilidade, ambos os jogos seguem o formato tradicional da série, com você explorando um mundo aberto cheio de tesouros, lutando em batalhas por turnos, visitando cidades para se equipar e explorando masmorras. É um formato simples, mas eficaz. No entanto, Dragon Quest I pode parecer um pouco mais fraco, já que não possui um sistema de party, o que limita suas opções de combate e diminui a sensação de evolução.
### Performance e Qualidade de Vida
A performance no remake é realmente impressionante, com a possibilidade de alternar entre modos de Performance e Qualidade. No entanto, a diferença de detalhes é mínima, e a queda de 60 para 30 fps não vale a pena na minha opinião. Nos modos portátil, a imagem pode parecer um pouco mais desfocada, mas jogar com a taxa de quadros suavizada é difícil de abrir mão.
Além disso, ambos os jogos ganharam atualizações que facilitam a experiência de jogo, como um marcador no mapa que indica onde ir, a opção de acelerar batalhas e formas mais generosas de respawn. Para os puristas que preferem o estilo clássico, há um modo de dificuldade “Draconian Quest” que permite uma experiência mais desafiadora.
### Gráficos e Trilha Sonora
Visualmente, este é um dos melhores exemplos da tecnologia HD-2D da Square que já vimos em um console da Nintendo. A combinação do estilo dos sprites do Akira Toriyama com iluminação dinâmica e elementos de design modernos faz com que o mundo pareça mais vivo. As músicas também ganharam uma nova roupagem, com arranjos sinfônicos gravados pela Orquestra Metropolitana de Tóquio, que trazem uma atmosfera acolhedora e mágica.
### Uma Experiência Incrível
Por fim, vale destacar o ótimo custo-benefício deste pacote. Embora sejam dois jogos distintos, a sensação é de que foram feitos para serem jogados juntos. Dragon Quest II pode ser o mais completo, mas ambos têm seu charme e se complementam muito bem.
O remake de Dragon Quest I e II é uma ótima continuação do projeto que começou no ano passado, fechando a trilogia de Erdrick em grande estilo. Com um estilo artístico deslumbrante, muitas novidades e uma trilha sonora maravilhosa, essa é uma experiência recomendada para qualquer fã de RPGs clássicos. Se você gosta de RPGs, vale a pena conferir!
