Devs da Electronic Arts rejeitam uso obrigatório de IA na eficiência
Antes mesmo de a Electronic Arts concluir sua venda para um fundo de investidores, a empresa já começou a exigir que seus funcionários utilizem várias ferramentas de inteligência artificial (IA). No entanto, relatos de desenvolvedores indicam que essas soluções não estão gerando os aumentos de produtividade que muitos esperavam. A Business Insider trouxe à tona que o ReefGPT, uma ferramenta generativa adotada internamente, tem trazido mais frustrações do que facilidades.
Apesar de estar em fase de testes, a gerência da Electronic Arts tem pressionado os desenvolvedores a usarem o ReefGPT o máximo possível. Mas a realidade é que a tecnologia tem apresentado uma série de problemas. Os desenvolvedores relatam que o software costuma dar “alucinações” e cometer erros frequentes, o que acaba aumentando a carga de trabalho. Isso significa que, em vez de facilitar o dia a dia, os funcionários precisam gastar tempo e esforço corrigindo as falhas do sistema.
Essa situação gera uma sensação de insegurança entre os profissionais. Muitos acreditam que a adoção do ReefGPT foi feita de forma incompleta, como se estivessem servindo de cobaias para treinar a ferramenta. Isso alimenta o medo de que, no futuro, quem trabalha na Electronic Arts esteja ajudando a criar as tecnologias que podem levar a suas demissões. Os resultados apresentados pela ferramenta têm sido considerados “pouco inspirados e derivativos”, levantando a suspeita de que esse seja o verdadeiro objetivo por trás de sua implementação.
Recentemente, a Electronic Arts apresentou um novo conceito que utiliza IA generativa para criar conteúdos de jogos a partir de descrições em texto. Embora algumas pessoas tenham achado a ideia interessante, o vídeo gerou críticas por suas características simples e problemas visuais. Mesmo assim, a empresa parece disposta a seguir em frente com a adoção em larga escala da tecnologia, especialmente se isso significar cortes de gastos. Essa tendência pode se intensificar se a venda para o grupo de investidores for concretizada, especialmente considerando a dívida de US$ 20 bilhões que a companhia carrega.
