Diretor de NieR comenta a escassez de lançamentos recentes

Após o sucesso estrondoso de Nier: Automata em 2017, muitos fãs esperavam que Yoko Taro, o criador da série, se jogasse em projetos grandiosos. No entanto, a realidade é um pouco diferente. Desde então, o projeto mais ativo dele foi a trilogia Voice of Cards, que não teve tanta repercussão como se esperava dentro do vasto catálogo da Square Enix.

Em uma conversa com a 4Gamer, Taro contou que a atual fase da sua carreira não é consequência da falta de esforço ou de vontade da parte dele. Ele revelou que tem trabalhado em várias ideias e projetos, mas tem enfrentado o azar de ver muitos deles serem cancelados. “Na verdade, eu estive fazendo algumas coisas, mas elas nunca acabam vendo a luz do dia”, comentou o diretor de NieR. “Eu fui pago por elas, então não tenho problemas pessoais com isso, mas as pessoas parecem achar que não estou fazendo nada porque nenhum desses trabalhos foi lançado”.

### A Realidade da Indústria de Jogos

Desde o lançamento de Nier: Automata, Yoko Taro esteve envolvido em outros projetos, como o anime da série e o remake de Nier: Replicant. Ele também recebeu agradecimentos em Final Fantasy XVI, mas desde 2023 seu nome não está associado a nenhum novo jogo. Embora isso possa parecer incomum, é algo bem comum na indústria dos games. Com o tempo de desenvolvimento se estendendo para, muitas vezes, mais de cinco anos, o cancelamento de um projeto pode significar que anos de trabalho vão por água abaixo, e os desenvolvedores muitas vezes não podem falar sobre isso.

Além disso, questões como acordos de confidencialidade dificultam que muitos incluam esses projetos em seus portfólios. Para uma figura pública como Yoko Taro, isso pode não ser um grande problema, mas para muitos profissionais da indústria, essa situação pode complicar a explicação sobre “buracos” em seus currículos.

No fundo, Taro não se sente triste por não ter lançado jogos nos últimos anos. Para ele, é melhor que os projetos em que se envolve sejam cancelados do que lançar algo que não ressoe bem com o público. Afinal, a qualidade e a aceitação do trabalho sempre vêm em primeiro lugar.