Nintendo ganha processo contra streamer de jogos piratas do Switch
A Nintendo, famosa por proteger seus direitos autorais, acabou de ganhar um processo contra o streamer Jesse Keighin, conhecido como Every Game Guru. Keighin se destacou por transmitir jogatinas de jogos do Switch que ele obteve de maneira pirata, antes mesmo de serem lançados oficialmente. O streamer desafiou abertamente a empresa, afirmando que tinha “milhares de canais descartáveis” e que continuaria a fazer suas transmissões, mesmo que algumas fossem removidas.
Em suas redes sociais, ele chegou a dizer que a Nintendo “deveria ter feito mais pesquisas sobre ele” e desafiou a companhia, afirmando que, enquanto eles gerenciavam uma corporação, ele “controlava as ruas”. Essa atitude provocativa não ajudou muito quando o assunto foi a legalidade de suas ações.
O processo começou em 2024, mas a situação se arrastou nos tribunais, principalmente por causa da falta de colaboração de Keighin. Ele não compareceu a audiências e não se manifestou por meio de advogados. Em abril deste ano, a Nintendo pediu que o julgamento fosse encerrado, e o resultado foi que Every Game Guru foi condenado a pagar US$ 17,5 mil (cerca de R$ 94,2 mil) em danos. Embora o valor possa parecer alto, é bem inferior a outras vitórias que a Nintendo já obteve em casos semelhantes.
Por outro lado, o juiz negou alguns pedidos da Nintendo, como exigir que Keighin destruísse todos os dispositivos que ele usou para suas transmissões. O magistrado considerou que a ordem de destruição não se aplicava devido ao modo como o streamer operava, utilizando jogos digitais piratas e emuladores do Switch.
Além disso, o tribunal também não aceitou o pedido para aplicar punições a colaboradores de Keighin, que não foram identificados publicamente. A Nintendo pediu US$ 100 mil por cada uma das 10 violações que alegou ter identificado, mas acabou pedindo US$ 10 mil apenas pela transmissão ilegal de Mario & Luigi: Brotherhood, além de US$ 500 por outras 15 transmissões.
Essas questões sobre direitos autorais e pirataria são sempre quentes, e esse caso da Nintendo é um lembrete de como a empresa leva a sério a proteção de sua propriedade intelectual.
