Plants vs. Zombies: análise de Replanted para Switch 2

Quando falamos sobre jogos de plataforma, é quase impossível não pensar em Super Mario Bros. Para JRPGs, a mente logo nos leva a Final Fantasy. E quando o assunto é FPS, Call of Duty vem à cabeça. Alguns jogos simplesmente se tornaram sinônimos dos seus gêneros. E, se estamos falando de jogos de defesa de torre, a primeira coisa que surge na minha mente é Plants vs Zombies.

Plants vs Zombies: Replanted traz exatamente o que o nome promete. Os zumbis estão invadindo, e a única esperança de defesa é… um exército de plantas! Você vai precisar plantar uma verdadeira tropa verde para evitar que essas criaturas cheguem até a sua casa. A proposta é simples, mas bastante icônica. Eu nunca tive a oportunidade de jogar Plants vs Zombies quando era mais novo, e minha única experiência com a franquia foi através dos spin-offs de heróis atiradores. Felizmente, essa nova edição ressuscitou o jogo, permitindo que jogadores como eu conhecessem esse clássico de uma maneira mais completa. No geral, eu me diverti bastante com Replanted, mesmo que tenha encontrado algumas pedras no caminho.

### Um Mundo de Conteúdo

É interessante notar a quantidade de conteúdo que você recebe ao adquirir o jogo. A campanha principal, que já é robusta, vem acompanhada de novos minijogos e até um modo de quebra-cabeça. Há muito o que explorar nesse título que mistura estratégia e humor de forma deliciosa. Os minijogos desbloqueáveis são uma diversão à parte. Walnut Bowling é bem direto, mas modos como ZomBotony, onde você enfrenta híbridos de plantas e zumbis, trazem uma nova dinâmica ao jogo. E se isso não for suficiente, ainda tem um modo de quebra-cabeça que exige um pensamento estratégico para posicionar suas cartas e limpar os vasos.

E para quem curte jogar em dupla, há um modo cooperativo desbloqueável (que, infelizmente, eu não consegui testar porque não tinha companhia) e partidas PvP, onde um jogador controla os zumbis. A diversão é garantida e me surpreendi com o quanto gostei de tudo isso. A jogabilidade de defesa de torre continua tão envolvente quanto sempre foi, e eu adoro preparar minhas cartas para enfrentar as ondas de zumbis.

### Mudanças Positivas

Como alguém que ficou bem decepcionado com o lançamento inicial do jogo, fiquei feliz em ver que quase todas as questões que eu tinha foram resolvidas. O modo mouse agora funciona direitinho, a música dinâmica voltou, os sons do Peashooter foram restaurados, e até ícones dos zumbis no modo versus foram corrigidos. É curioso pensar por que o jogo não foi lançado nessa versão já aprimorada, considerando que é basicamente um port da versão de console de 15 anos atrás.

Minha estratégia mudava entre as batalhas. Algumas plantas conseguem atacar através de portas de tela, o que é vital contra zumbis que usam esse tipo de proteção. Mas também é preciso pensar em quais plantas usar para gerar recursos e se vale a pena colocar nozes como barreira ou proteger suas colheitas com minas. Essas opções mantêm o combate interessante e me incentivam a experimentar novas táticas.

### Desafios com os Controles

Infelizmente, o jogo teve seus desafios, especialmente no que diz respeito aos controles. Desde o lançamento, os controles de mouse eram simplesmente problemáticos, e os de touchscreen também deixavam a desejar até que atualizações melhorassem a situação. Antes, usar o mouse era um desafio, pois qualquer movimento leve fazia o jogo voltar a controlar como padrão. No touchscreen, as plantas pareciam grudadas no dedo, o que tornava a experiência frustrante. Embora as atualizações tenham ajudado, ainda sinto que a jogabilidade nessa modalidade é um pouco travada, e às vezes a ação na tela fica lenta e glitchada, o que me faz questionar a necessidade desse tipo de controle.

Além disso, surgiram rumores sobre o uso de IA no jogo, o que, se for verdade, deixa a situação complicada. Mas, deixando isso de lado, o pacote geral ainda é muito divertido. Aquele vício de “só mais um nível” logo se instala, especialmente com a variedade de unidades que você desbloqueia, todas com um charme peculiar e um design adorável. O ataque básico é feito pelo Pea Shooter, e, claro, a versão congelante é o Frozen Pea Shooter. Esses trocadilhos são imperdíveis! O jogo tem tudo para arrancar sorrisos até dos jogadores mais sérios.

### Melhorias na Experiência

Plants vs Zombies: Replanted também trouxe algumas melhorias que fazem a diferença. Uma das melhores novidades é a possibilidade de acelerar o jogo até 2,5 vezes. Os zumbis, que normalmente se movem lentamente, podem, com um simples toque, correr como em um filme de ação. Isso torna a jogabilidade mais fluida e dinâmica, além de adicionar um desafio extra para quem achar a experiência padrão muito fácil.

No final das contas, eu realmente estou gostando de Plants vs. Zombies: Replanted. Seus personagens carismáticos e o gameplay simples, mas eficiente, se destacam. Os gráficos são agradáveis e ajudam a dar vida ao design dos personagens. É uma pena que os problemas de controle tenham ocorrido no lançamento, mas mesmo assim, isso não foi suficiente para tirar o brilho dessa aventura botânica.