Resident Evil Requiem terá giroscópio no Switch 2, mas sem mouse
Recentemente, Masato Kumazawa, produtor de Resident Evil Requiem, deu uma entrevista bem bacana ao site Press Start. Ele falou sobre vários aspectos do jogo, desde como tudo começou até os desafios que a equipe enfrentou no desenvolvimento para a nova plataforma da Nintendo. Se você é fã da série, vai adorar saber mais sobre as novidades que estão por vir!
Kumazawa, que tem um bom histórico na franquia, incluindo trabalhos em Kunitsu-Gami e no remake de Resident Evil 4, explicou que a escolha de Grace como protagonista de Resident Evil Requiem foi uma estratégia para facilitar a entrada de novos jogadores. A ideia é que quem nunca jogou a série consiga entender e aproveitar a história sem precisar de um conhecimento prévio. Ao mesmo tempo, existem elementos que vão fazer os fãs antigos se sentirem em casa.
Ele destaca que Grace é a protagonista mais assustada da série até agora, o que promete oferecer uma nova perspectiva sobre o gênero survival horror. Além disso, ela é filha de Alyssa, uma personagem já conhecida pelos fãs. Essa conexão não só homenageia a história da franquia, mas também traz um novo olhar sobre o famoso incidente em Raccoon City.
Quando perguntado sobre a liberdade criativa da equipe em resgatar personagens do passado, Kumazawa comentou que não seguem um “manual” rígido. A equipe tem se distanciado de uma abordagem que traz de volta muitos personagens clássicos de uma só vez, optando por incluir apenas aqueles que fazem sentido para a nova narrativa. Ele acredita que, ao trazer figuras como Chris ou Leon, o jogo poderia acabar se tornando mais focado na ação, algo que eles buscam equilibrar.
Uma das novidades que promete agitar a experiência é a possibilidade de jogar em primeira ou terceira pessoa. Na visão de Kumazawa, jogar em primeira pessoa traz uma imersão instantânea, pois o jogador se sente mais próximo dos inimigos, facilitando o susto. Por outro lado, na terceira pessoa, o medo vem da forma como Grace reage ao que acontece ao seu redor, com animações que transmitem seu pavor, como correr apressada ou tropeçar.
Outro ponto interessante é a presença de um novo inimigo, apelidado por alguns jogadores de “Big Mama”. Embora Kumazawa tenha confirmado que a criatura tem um nome oficial, ele preferiu manter isso em segredo para não estragar a surpresa. O produtor também destacou que a equipe está evitando rotular esse novo inimigo como um perseguidor clássico, optando por manter um ar de mistério.
Ao comparar o clima de terror de Resident Evil Requiem com partes de Resident Evil Village, Kumazawa explicou que o novo jogo foi projetado para oferecer uma variedade de momentos assustadores, tornando difícil a comparação direta com alguma seção específica de Village. Ele acredita que, se Resident Evil 7 é o mais aterrorizante da série, Requiem está mais próximo da atmosfera de Resident Evil 2.
Kumazawa também comentou sobre as origens do jogo, que inicialmente foi pensado como um multiplayer online. Ele revelou que alguns elementos dessa versão ainda estão presentes, mas a equipe decidiu focar na experiência de um único jogador, priorizando o horror. O produtor acredita que os fãs da série buscam a sensação de medo e que isso é fundamental para o design do jogo.
Um aspecto interessante que ele mencionou é o equilíbrio entre ação e terror. Ele reconheceu que jogos anteriores, como Resident Evil 4 e Village, se tornaram mais focados na ação em suas fases finais. Com Requiem, a intenção é manter a atmosfera de medo até o final, mesmo que isso não signifique sustos o tempo todo. Segundo ele, alternar entre momentos de ação e terror ajuda a tornar os sustos mais impactantes.
Kumazawa também falou sobre a adaptação para o Nintendo Switch 2, ressaltando que a experiência adquirida com versões anteriores facilitou o processo. Ele comentou que a equipe até tentou implementar suporte a mouse, mas isso acabou complicando a jogabilidade. A solução encontrada foi utilizar controles por giroscópio, aproveitando bem os recursos do console.
Sobre a ausência de aranhas grandes e peludas nos títulos mais recentes, Kumazawa acredita que isso é uma coincidência. Com o tempo, cada novo jogo precisa apresentar diferentes tipos de sustos, o que fez essas criaturas ficarem em segundo plano. E sim, ainda há uma aranha em Resident Evil 7, mesmo que não seja igual às do passado.
Quando o assunto é seu personagem favorito, Kumazawa não hesitou em escolher Grace, a nova protagonista. Ele acredita que, enquanto muitos personagens da série são mais preparados para enfrentar zumbis, Grace é mais vulnerável e assustada, o que pode gerar uma conexão mais forte com os jogadores ao longo da história.
Nos últimos momentos da entrevista, Kumazawa reforçou que Resident Evil Requiem foi pensado para ser acessível a novatos. Não é preciso ter jogado os anteriores para se divertir, e a opção Casual ajuda a tornar o jogo mais acolhedor. Ele quer que as pessoas sintam que podem se divertir mesmo que este seja o primeiro jogo da série que jogam.
Resident Evil Requiem está com lançamento marcado para 27 de fevereiro de 2026, e promete chegar com tudo ao Nintendo Switch 2, Xbox Series, PlayStation 5 e PC. É uma ótima oportunidade para tanto novos jogadores quanto para os veteranos da série aproveitarem essa nova aventura!
