Sega avaliará usos apropriados para a aplicação de IA
Nos últimos tempos, o mundo dos jogos tem visto uma onda crescente de empresas mergulhando no desenvolvimento de inteligência artificial generativa. Enquanto gigantes como Electronic Arts e Ubisoft estão investindo pesado nessa tecnologia, a Sega parece estar adotando uma abordagem mais cautelosa. Recentemente, durante uma sessão de perguntas e respostas após a divulgação de seus resultados financeiros do segundo trimestre, a alta cúpula da Sega comentou sobre o uso da IA na criação de jogos.
A Sega revelou que, embora esteja aberta à utilização da inteligência artificial para melhorar a eficiência, não pretende seguir a tendência de desenvolvimento em larga escala sem pensar duas vezes. A empresa enfatizou que, ao invés de abraçar essa nova onda indiscriminadamente, vai avaliar cuidadosamente como a IA pode ser utilizada. Eles mencionaram que áreas criativas, como a criação de personagens, podem encontrar grande resistência ao uso dessa tecnologia. Portanto, o foco será em como a IA pode ajudar a simplificar processos de desenvolvimento.
Isso não quer dizer que a Sega está completamente contra a IA. A intenção é utilizar essa ferramenta de forma a otimizar a produção, mas com cautela. Afinal, modelos de IA generativa são poderosos, mas também levantam questões importantes. Muitas vezes, eles são treinados com o trabalho de artistas, músicos e animadores sem a devida autorização ou compensação. Isso pode resultar em produções que infringem direitos autorais, algo que preocupa bastante a indústria.
Vale lembrar que a Nintendo já se manifestou sobre o uso de IA em seus jogos, afirmando que, por enquanto, não tem planos de adotar essa tecnologia, principalmente devido a questões relacionadas a direitos de propriedade intelectual. Essa postura reflete uma preocupação comum entre as grandes empresas do setor, que buscam equilibrar inovação e respeito aos criadores.
Assim, enquanto algumas empresas avançam rapidamente, outras, como a Sega e a Nintendo, preferem adotar uma postura mais reflexiva e cuidadosa em relação à inteligência artificial. As discussões sobre como a tecnologia pode impactar a indústria de jogos continuam, e é interessante observar como cada empresa irá navegar por esse novo cenário.
